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Inadimplência, juros e spreads sobem em janeiro no mercado de crédito brasileiro BRASÍLIA (Reuters) – A inadimplência subiu no mercado de crédito brasileiro em janeiro ao mesmo tempo em que spreads e juros se tornaram mais caros em ambiente de maior aperto monetário para o controle da inflação.

Em janeiro, a inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 4,5 por cento em janeiro, maior em relação a dezembro, quando registrou 4,4 por cento, informou nesta quarta-feira o Banco Central.

Considerando os recursos totais no mercado de crédito brasileiro, incluindo também os recursos direcionados, a inadimplência aumentou para 2,9 por cento ante 2,8 por cento em dezembro.

No período, o spread bancário foi de 27,5 pontos percentuais no segmento de recursos livres, acima dos 25,6 pontos percentuais vistos em dezembro. Com a inclusão do segmento direcionado, o spread total ficou em 16,2 pontos percentuais, superior aos 15,1 pontos percentuais em dezembro.

Em outro encarecimento de encargos financeiros, a taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou janeiro em 39,4 por cento, superior aos 37,6 por cento em dezembro. No crédito total, os juros ficaram em 25,1 por cento no mês passado, maior que os 23,9 por cento apurado no mês anterior.

O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil caiu 0,2 por cento no mês passado, chegando a 3,013 trilhões de reais, ou 58,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

As concessões de crédito no segmento de recursos livres apresentaram baixa de 18,5 por cento em janeiro na comparação mensal em um mês de tradicional desaceleração na demanda por empréstimos e financiamentos.

Além da sazonalidade para o período, os indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos, iniciada pela autoridade monetária em outubro para conter o aumento da inflação e também pelo esfriamento da atividade econômica.

Em mais uma etapa do aperto monetário, em janeiro o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, a 12,25 por cento ao ano. A expectativa do mercado é de nova alta na quarta-feira da próxima semana, quando o comitê volta a se reunir.

Fonte:
Escrito por Luciana Otoni
REUTERS BRASIL

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