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Vista aérea do Banco Central, em Brasília. 20/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA, 26 Mar (Reuters) – O spread e a taxa de juros cobrados pelas instituições financeiras subiram em fevereiro em relação a janeiro, mantendo a trajetória de encarecimento em meio ao ciclo de aperto monetário, enquanto a inadimplência manteve-se estável.

A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,8 por cento em fevereiro, mesmo nível visto em janeiro, informou nesta quarta-feira o Banco Central. Considerando os recursos totais, incluindo o crédito direcionado, a inadimplência também ficou inalterada, em 3 por cento.

No período, o spread bancário –diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final– no segmento de recursos livres foi de 19,7 pontos percentuais, acima dos 18,9 pontos percentuais vistos em janeiro. No crédito total, o spread subiu 0,4 ponto percentual, a 12,2 pontos em fevereiro.

A taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou fevereiro em 31,5 por cento, superior aos 30,7 por cento em janeiro. No crédito total, os juros ficaram em 20,9 por cento, alta de 0,2 ponto.

De abril passado até agora, a Selic saiu da mínima histórica de 7,25 por cento ao ano para 10,75 por cento, com nova alta de 0,25 ponto percentual já precificada pelo mercado para a próxima semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir.

O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,6 por cento em fevereiro ante janeiro, chegando a 2,733 trilhões de reais, ou 55,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que a tendência para 2014 é de crescimento moderado do crédito, com projeção de alta de 13 por cento, ante 14,6 por cento verificado em 2013.

Por Luciana Otoni | Thomson Reuters

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